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quinta-feira, 23 de agosto de 2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
6 Marcas de um Pastor Atemorizado Diante de Deus
Paul Tripp é o
presidente de Paul Tripp Ministries, organização sem fins lucrativos
cujo slogan de missão é "Conectando o poder transformador de Jesus
Cristo à vida diária". É também professor de vida e cuidado pastoral no
Redeemer Seminary ,
em Dallas (Texas), e diretor executivo do Center for Pastoral life and
Care, em Fort Worth (Texas). É casado há muitos anos com Luella, e têm
quatro filhos adultos.
Quais os sinais que se produzem no
coração de um pastor atemorizado diante de Deus, que são vitais para um
ministério eficaz, produtivo e que honra a Deus?
1. Humildade
Não
há nada que se compare ao estar indefeso diante da maravilhosa glória
de Deus, para colocar-lhe em seu devido lugar, para corrigir a maneira
com que você se vê pessoalmente, para arrancar-lhe da sua arrogância
funcional, e para tirar-lhe o vento das velas da sua justiça própria.
Diante de Sua glória, eu me sinto despido, sem qualquer glória que ainda
possa restar-me a fim de que eu possa exibir-me diante de outros.
Enquanto eu me compare com outros, poderei sempre encontrar outra pessoa
cuja existência parece fazer-me, por comparação, mais justo. Mas se eu
comparar meus panos imundos ao puro linho, eternamente sem manchas, da
justiça de Deus, eu correria a esconder-me com um coração dilacerado e
envergonhado.
E isto foi o que aconteceu com Isaías no capítulo
seis. Ele está diante do majestoso trono da glória de Deus e diz: "Ai de
mim! Estou perdido! Porque sou um homem de lábios impuros, habito no
meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor
dos Exércitos." (Isaías 6:5). Isaías não está falando aqui em termos de
uma formal hipérbole religiosa. Ele não está buscando tornar-se
agradável diante de Deus por mostrar-se "ó, tão humilde". Não; Isaías
aprendeu que só à luz da colossal glória e santidade de Deus, é que você
poderá ter uma visão exata e correta de si mesmo e entender a profunda
necessidade de ser resgatado com o resgate que só a graça gloriosa de
Deus poderá prover-lhe.
Com o correr do tempo durante sua vida
ministerial, muitos pastores chegam a se esquecerem de quem são eles.
Têm uma visão inchada, destorcida, grandiosa de si mesmos, que os mantêm
altamente inacessíveis, e que lhes permitem justificar seus
pensamentos, seus desejos, as coisas que dizem, e a fazerem aquilo que,
biblicamente, não é justificável fazer. Eu já "estive lá" e, de quando
em quando, caio outra vez no mesmo erro. Em ocasiões como essas, eu
tenho que ser resgatado de mim mesmo. Quando você está sobremodo
maravilhado de si mesmo, você se posiciona para ser hipócrita,
controlador, super confiante, e um autocrata eclesiástico extremamente
crítico. Você, inadvertidamente, constrói um reino em cujo trono você
mesmo se assenta, não importa o quanto afirme que tudo o que você faz, o
faz para a glória de Deus.
2. Sensibilidade
A
humildade, que só este sentir atemorizante de Deus pode produzir no meu
coração, cria em mim, sensibilidade pastoral para com as pessoas que
carecem da mesma graça. Ninguém pode compartilhar graça melhor do que
aquele que está profundamente convencido de que ele mesmo necessita esta
graça, e a recebe de Cristo. Esta sensibilidade me faz afável, gentil,
paciente, compreensivo e esperançoso diante do pecado alheio, sem nunca
comprometer o chamamento santo de Deus. Protege-me de estimativas como
"... não acredito que você pudesse fazer uma coisa dessas!," o que,
diga-se, me faz essencialmente diferente de todos os demais. É difícil
apresentar o Evangelho a alguém, quando você está contemplando esse
alguém, com superioridade. Confrontar os pecados dos outros com uma
sensibilidade inspirada em meu assombro diante Deus, me livra de ser um
agente de condenação, ou de esperar que a lei cumpra aquilo que somente a
graça pode cumprir, e me motiva a ser um instrumento dessa graça.
3. Paixão
Não
importa o que está funcionando, ou o que não está funcionando bem em
meu ministério, não importa quais as dificuldades que eu esteja vivendo,
ou tampouco importa as lutas pelas quais eu esteja passando, a
influente glória de Deus me anima a levantar-me pela manhã e fazer
aquilo para o qual fui dotado e chamado para fazer, e faze-lo com
entusiasmo, coragem e confiança. Minha alegria não se deixa maniatar
pelas circunstâncias ou pelos relacionamentos, e meu coração não é
tomado por qualquer direção em que ditas circunstâncias e
relacionamentos o queiram levar. Tenho toda razão para alegrar-me porque
sou um filho escolhido, e um servo recrutado pelo Rei dos reis, e
Senhor dos senhores, o grande Criador, o Salvador, e meu Chefe. Ele está
sempre perto e é sempre fiel. Minha paixão pelo ministério não depende
de como eu esteja sendo recebido. Minha paixão flui da realidade de que
eu fui recebido por Ele. Não me entusiasmo porque as pessoas possam
gostar de mim, mas porque Ele me tem aceitado e me tem enviado. Não
estou apaixonado por meu ministério, por ser, o ministério, algo
glorioso, mas sim porque Deus é eternamente e imutavelmente glorioso.
Assim eu prego, ensino, aconselho, lidero e sirvo com uma paixão
evangélica que inspire e acenda o mesmo sentir naqueles ao meu redor.
4. Confiança
Confiança
- aquele sentimento de bem-estar e de capacitação, me vem de conhecer
Aquele a quem sirvo. Ele é minha confiança e minha habilidade. Ele nunca
irá chamar-me para uma tarefa para a qual não me tenha capacitado. Ele
tem mais zelo pela saúde de sua igreja do que eu jamais poderia ter.
Ninguém tem maior interesse no uso dos meus dons do que Aquele que me
outorgou ditos dons. Ele está sempre presente e sempre de boa vontade.
Ele é todo-poderoso e todo omnisciente. Ele é ilimitado em amor e
glorioso em sua graça. Ele não muda; para sempre é fiel. Sua Palavra
nunca cessará de ser a verdade. Seu poder para salvar nunca será
exaurido. Seu governo nunca deixará de existir. Nunca será conquistado
por algo maior do que Ele mesmo. Assim, eu posso fazer com confiança
tudo o que Ele me chamou para fazer, não em virtude de quem eu seja, mas
porque Ele é o meu Pai, e é glorioso em todos os aspectos, em todos o
sentidos.
5. Disciplina
O ministério
pastoral, nem sempre é glorioso. Muitas vezes as suas expectações
ingénuas, são apenas isso – ingenuidade. E algumas vezes se levará mais
do que um ministério de sucesso e a apreciação do povo para arrancar-lhe
da cama e cumprir o seu chamado. Outras vezes você não verá muitos
frutos como o resultado de seus esforços e tampouco terá muitas
esperanças de uma colheita breve e abundante. Algumas vezes você se verá
traído e se sentirá sozinho. Então, a sua disciplina precisa estar
arraigada em alguma coisa mais profunda do que sua avaliação horizontal
de como as coisas pareçam estar caminhando. Eu estou cada vez mais
convencido, em minha própria vida, de que uma auto-disciplina robusta e
firme, do tipo essencial para um ministério pastoral, está solidificada
na adoração. A gloriosa existência de Deus, Seu caráter, Seu plano, Sua
presença, Suas promessas e Sua graça, me fornecem a motivação para
trabalhar com ardor e nunca desistir, sem importar-me se estamos vivendo
sob um tempo de amenidade, ou se estamos sob uma época tempestuosa.
6. Repouso
Finalmente,
enquanto contemplo minha própria fraqueza e os distúrbios da igreja
local, o que poderá trazer verdadeiro repouso ao meu coração? A Glória!
Esta lhe dará repouso. É o conhecimento de que nada é tão difícil para o
Deus a quem você serve. É a segurança de que todas as coisas são
possíveis para Ele. É saber, como Abraão, que Aquele que fez todas
aquelas promessas, é fiel para cumpri-las. Ainda que pareça haver
múltiplas razões no nível horizontal para fazer-nos ansiosos, eu não
permitirei que meu coração seja raptado por preocupação ou medo, porque o
Deus de inestimável glória, que me tem enviado, Ele mesmo prometeu: "Eu
serei contigo." Eu não tenho que fazer joguinhos mentais comigo mesmo.
Eu não tenho que negar, nem minimizar a realidade a fim de que me sinta
bem, porque Ele já tem invadido minha existência com Sua glória, e eu
posso descansar até mesmo, e de certa forma, no conceito truncado do
"já" e do "não ainda" cumprido e realizado.
Recuperando nossa perplexidade diante de Deus
Em
conclusão, eu não tenho uma fórmula de estratégias para lhe oferecer.
Mas lhe aconselho a correr agora, e correr rapidamente ao seu Pai de
aterrorizante glória. Confesse a ofensa do seu tédio ministerial. Ore e
peça por olhos abertos aos 360 graus, 24 horas por dia, 7 dias por
semana, para que você veja a exibição da glória à qual você tem estado
cego. Determine-se dedicar uma porção de cada dia para meditar na glória
de Deus. Clame, busque com vigor a ajuda de outros e lembre-se de estar
agradecido por Jesus quem lhe oferece Sua graça, mesmo ainda naqueles
momentos quando essa graça não é, nem no mínimo, gloriosamente valiosa
para você como deveria ser.
Fonte: The Gospel Coalition
O
leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que
não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os
créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de
dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.
Esgotado na Editora - Disponível em Pdf.
APRESENTAÇÃO – A EPÍSTOLA DE JUDAS E A SÍNDROME DE LÚCIFER
Na
apresentação do livro, o autor: Caio Fábio, com certeza, direcionado
pelo Espírito Santo exerce uma interpretação sobre a epístola de Judas e
nos relata um panorama geral, fazendo na verdade uma defesa pela
escolha de tal epístola, e também do tema: Síndrome de Lúcifer. Quando o
autor retrata que o mal tem caras diferentes e tem geralmente como
essência o mesmo fator, tomo a liberdade de acrescentar que, na maioria
dos casos de rebeldia, a rebelião começa realmente com a desobediência
ao Senhor gerando sucessivamente uma ausência da presença de Deus. Um
outro ponto nesta breve apresentação do autor é a razão pela qual o
mesmo justifica ter escrito o livro: Impedir que a Síndrome de Lúcifer
cresça em nosso meio.
Você poderá acessar o link abaixo e fazer download do livro em Pdf.
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